Entre os meses de setembro e outubro o Brasil apresenta a queda de preços sazonal do trigo durante a entrada na safra 2020.
Neste ano, contudo, essa queda pode acabar sendo limitada pelo prejuízo causado pela seca na Argentina, o principal fornecedor para o Brasil. Meteorologistas apontam para a tendência da seca continuar, os produtores podem optar por nem plantar boa parte do que falta. Isso poderia gerar mais cortes na produção.
A safra de trigo 2020/21 da Argentina foi estimada entre 18 milhões a 19 milhões de toneladas, segundo avaliação da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR). A projeção anterior de 21 milhões a 22 milhões de toneladas, diante da condição de estiagem que se prolongou.
Ao mesmo tempo, a bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) disse nesta quarta-feira que pode voltar a reduzir sua previsão para a área do cereal 2020/21 no país, atualmente estimada em 6,5 milhões de hectares.
O câmbio atual já não permite grande queda de preço devido á paridade de importação, mesmo antes do cenário argentino existia pouco espaço para queda da cotação brasileira.
Segundo analista de trigo da Safras & Mercado Jonathan Staudt, existe até a hipóteses de aumento no valor do cereal brasileiro.
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