Já é possível ver os efeitos da enorme pressão exercida pelo fenômeno La Ñina nos produtores de soja e milho nas últimas semanas.
O clima extremamente seco está fazendo os produtores repensarem a estimativa de safra, além de obrigar o atraso no plantio, piorando ainda mais as incertezas em relação aos contratos e ao mercado volátil deste 2020.
Considerando o histórico desse fenômeno, nas últimas duas décadas, temos uma tendência muito ruim.
Geralmente, o sudeste da Ásia, África do Sul, Índia e Austrália recebem chuvas acima do normal durante o La Niña. No outro extremo temos o clima severamente seco assolando o Brasil e sul dos Estados Unidos, Argentina e Europa.
La Niña está associado a temperaturas da superfície do mar mais frias que a média (TSMs) nas regiões central e oriental do Oceano Pacífico.
Nos últimos 25 anos, os efeitos La Niña permaneceram por no mínimo cinco meses consecutivos, e ocorreram em 11 dos 25 anos-safra.
A previsão para os próximos meses já considera os estragos típicos provocados anteriormente pelo fenômeno.
Junior Mazzon